quarta-feira, 11 de novembro de 2009

(500) Dias Com Ela






                (500) Dias Com Ela” é mais uma comédia romântica a chegar aos cinemas, o mais interessante é que, esse filme não é só mais um, ele realmente tem conteúdo. Os motivos que tornam esse filme especial quando comparado a todos os outros filmes desse estilo que chegam aos cinemas todas as semanas são: 1) Uma honestidade incomparável na visão do “amor” e 2) Uma direção interessante e extremamente criativa do egresso de videos músicais e estreante em longas, Marc Webb.

                O filme conta a história de Tom (Joseph Gordon-Levitt de “10 Coisas que Eu Odeio em Você”) e Summer (Zooey Deschanel de “Sim Senhor”) e dos 500 dias de seu relacionamento, daí o título. Tom é um garoto que trabalha escrevendo cartões comemorativos e tudo que deseja é conhecer a mulher de sua vida, já que ele acredita veemente no amor. Summer gosta de aproveitar a vida sem compromissos e rótulos, portanto, não acredita no amor. Quando os dois se conhecem no escritório Tom se apaixona a 1ª vista e, a partir daí, nascerá o relacionamento que irá ser contado nos 500 dias do título.

                Todos os relacionamentos são feitos de altos e baixos, momentos bons e ruims e esse filme entende isso, então não tenta mistificar o relacionamento como os filmes românticos normalmente fazem, naquela fórmula de “tudo vai bem, até o momento que algo acontece, o garoto precisa correr até a sua mulher e soltar uma frase de feito para reconquistar a garota e ficar tudo bem”. As personagens principais são muito humanas nesse sentido, já que eles têm os seus dias bons e ruims, suas brigas sérias e bobas e tudo mais, como num relacionamento de verdade.

                A direção de Marc Webb é muito interessante no seu modo de contar a história, já que não a conta linearmente, o diretor pega dias aleatórios e segue uma sequência ilógica, mostrando momentos-chave da relação de Tom e Summer. Como Webb já possui uma grande experiência em contar pequenas histórias em seus videoclipes, seu catálogo passa dos 100 vídeos, ele utiliza essa abordagem para trazer um pouco de inovação, contando pequenas histórias nos dias que vai nos mostrando. Esse esquema de falta de lienaridade torna a experiência de assistir o filme muito mais imerssiva, pois a falta de sequência lógica tira a sua referência de onde você está na história e o que falta acontecer, então você deixa de lado tudo isso e só aproveita a história que está sendo contada.

                São todos esses aspectos que tornam “(500) Dias Com Ela” uma experiência extremamente gratificante. A maneira peculiar de contar a história, a sensibildade romântica com a qual é muito fácil de se relacionar e a boa escolha dos atores principais, esse é um filme   deliciosamente imperdível.

9.5/10

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Review: Say Anything - Say Anything




Max Bemis está apaixonado e muito mais feliz!
Essa frase pode muito bem definir o sentimento onipresente do novo disco do Say Anything.

                Desde 2007 que não ouviamos do Say Anything. Foi nesse ano que eles lançaram o incrivelmente longo épico “In Defense Of The Genre”. Piadinhas à parte, aquele álbum foi muito bom, apesar de ter algumas músicas que estavam lá só para encher os dois discos que o formavam. Algumas músicas eram realmente excelentes ( “Baby Girl, I’m A Blur”, “Shiksa ( Girlfriend”, “The Church Channel”, entre outras...). Quando Bemis fez a declaração que eles iriam fazer mais amor (elegância é o que pega) com menos músicas para fazer o álbum sair inteiro excelente, eu fiquei empolgado. IDOTG foi sensacional, mas eles acharam que não era bom o suficiente?? E queriam fazer um álbum melhor?? Não pude não pensar:


Isso vai ser muito bom...


                Agora acabamos de entrar em novembro e, finalmente, o resultado chegou. E qual o veredito? – Só posso dizer que o cd alcançou todas as minhas expectativas e tem o potencial de, após mais algumas escutadas, se tornar o meu preferido dos caras.
                Ao contrário do IDOTG que parecia que estava em todos os lugares ao mesmo tempo, esse cd novo, auto-entitulado Say Anything, é muito mais coeso, em um sentido no qual as músicas criam um sentimento de continuidade e o álbum parece mais como uma unidade e não como uma coletânea, que acontecia com o antecessor. Esse novo som dos caras está com uma pegada mais pop e upbeat, isso se deve ao fato de que o Sr. Bemis se casou e está muito bem como todo o seu problema de bipolaridade, porém não faltam as músicas mais “porradinhas”, coisa que muitos fãs ficarão felizes em saber.

                No quesito musicalidade a banda melhorou bastante. Toda a parte instrumental lembra bem alguns dos melhores momentos do álbum anterior e nesse novo trabalho até aparecem uns solos de vez em quando, coisa que quase nunca apareceu nas musicas do SA.

O ponto forte do Say Anything sempre foram as letras de Bemis, que sempre tiveram sacadas sensacionais e sempre foram muito melhor do que as coisas que se encontram por aí em outras bandas de pop-punk. Nesse novo álbum Bemis continua forte com suas referências à cultura pop e todas as suas sacadas “espertinhas” estão la e quando você percebe-las irá rir e pensar: “esse cara é um gênio”. As referências vão do Kings Of Leon ao seriado Will & Grace...sim, Max é um letrista incrível.

                Não tem como discutir, essa é uma das melhores bandas dos atualidade. Eles são bons compositores, tem umas sacadas sensacionais em suas letras, seus refrões são aqueles que são para serem cantados em alto e bom som com seus amigos (de preferencia, bebados!). Say Anything é sensacional e eles se mantém desse mesmo jeito com mais esse lançamento.
                Ouvi gente dizendo que eles se venderam. Mas se pararmos para pensar, eles já se venderam faz tempo e não é preciso muita reflexão para perceber que eles são os melhores “sell outs” do mundo!

Ahhh....2009....what a great year for music.

9 / 10