domingo, 27 de junho de 2010

Toy Story 3

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   Depois de 15 anos do lançamento do 1o filme da série, chega aos cinemas Toy Story 3, o mais novo filme da Pixar. Assim como o 1o filme mostrou a todos que os computadores eram capazes de criar personagens e histórias maravilhosas, esse terceiro filme surge como um ode ao poder da imaginação infantil que, se refletirmos um pouco, é o primeiro passo para, eventualmento, acabarmos tendo histórias tão magníficas quanto a desse filme.

   Assim como de Toy Story 1 para o 2 acompanhamos o crescimento de Andy, nesse terceiro filme nos deparamos com Andy ainda mais velho, já arrumando suas coisas para se mudar para a faculdade. Ele está com 17 anos e não tem mais idade para ficar brincando com seus brinquedos, estes que sentem falta de Andy. Ao ter que arrumar as suas coisas, Andy acaba doando os seus brinquedos para uma creche. Nessa nova casa, os brinquedos serão recebidos pelo urso Lotso e seus amigos. O que no ínicio parece ser o paraíso, onde todo dia, crianças brincarão com eles, acaba se tornando um pesadelo, quando os brinquedos descobrem que por baixo daquela aparência amigável e acolhedora do urso rosa, encontra-se um duro ditador, que manda os brinquedos novos para a sala das crianças pequenas, que não sabem brincar, só destruir  os brinquedos. Agora os ex-brinquedos de Andy tem que encontrar uma maneira de fugir da creche e voltar para casa, para o seu dono.

   Como todo filme da Pixar, Toy Story 3 se disfarça de um filme para crianças, porém o seu grande apelo é para o público adulto, aqueles que já não são mais crianças e possuem apenas boas lembranças dos tempos onde brincavam com seus brinquedos. Os momentos onde o filme toca no ponto do apreço de Andy por seus brinquedos são realmente tocantes e devem fazer até os mais “machões” soltarem algumas lágrimas.
Esse terceiro capítulo é, com certeza, o mais épico da série. Suas cenas de ação são grandiosas e empolgam bastante. Sem contar que o filme, de forma surpreendente, flerta com o suspense, com algumas cenas bem “sombrias” que devem assustar algumas crianças menores, além de apresentar nostalgia e humor na medida certa. A direção de Lee Unkrich ( co-diretor de “Procurando Nemo”, em seu primeiro longa como diretor solo) é ótima, dando bom ritmo às cenas de ação e boa ambientação aos momentos de suspense. Ele mantém o filme nos trilhos e segura o ritmo da fita até o final.

   Os personagens clássicos estão quase todos lá, pelo menos os mais memoráveis, mas esse não seria um filme Pixar se os personagens apresentados não fossem tão interessantes e cativantes quanto os que nós já conhecíamos. Lotso se mostra um vilão terrível, o que é muito irônico, já que ele é um urso rosa com cheiro de morango. Outro personagem novo que rouba a cena é o Ken, que protagoniza algumas das cenas mais engraçadas do filme.

   O 3-D é outro ponto forte do filme. Esse artíficio é usado com consciência, como um meio de criar profundidade nos planos e aumentar a experiência do filme e não como uma patética desculpa para ficar jogando coisas na cara do público.


   Toy Story 3 é mais uma prova de que a Pixar é o melhor estúdio em atividade hoje em dia e de que esses caras ainda não aprenderam a fazer filmes ruins. Porque não é todo filme que consegue fazer um monte de pessoas, de 20/30 anos falarem, ao final da sessão: “Chegando em casa, acho que vou brincar com os meus brinquedos de novo!”.

10 / 10




PS: Como todo filme da Pixar no cinema, antes da projeção do filme, é apresentado um curta-metragem desenvolvido pelo estúdio. Dessa vez o curta se chama “Dia e Noite” é mostra como dentro da Pixar existem pessoas 100% comprometidas em inovarem e buscarem maneiras de contar histórias de modos nada ortodóxos e convencionais. Assim como Toy Story 3 é irretocável, esse curta, também, beira à perfeição.