domingo, 27 de dezembro de 2009

Listas de Fim de Ano!!!!!!!

Chega o fim do ano, chega a hora de todas as listas de melhores e piores do ano....então resolvi postar a minha opinião em relação à música em 2009.


•MELHOR ÁLBUM DE 2009

1. Thrice - Beggars




2. As Cities Burn - Hell Or High Water




3. Manchester Orchestra - Mean Everything To Nothing




4. RX Bandits - Mandala




5. Brand New - Daisy




6. The Dangerous Summer - Reach For The Sun




7. Silversun Pickups - Swoon




8. Relient K - Forget And Not Slow Down




9. Alexisonfire - Old Crows/Young Cardinals




10. MuteMATH - Armistice




11. Say Anything - Say Anything
12. Mew - No More Stories...
13. Florence + The Machine - Lungs
14. Emery - ...In Shallow Seas We Sail
15. Paramore - Brand New Eyes

OBS: esse top 10 (com a exceção do Beggars) pode variar o tempo todo dependendo do meu humor, então não é definitivo.

• SINGLE FAVORITO


• Motion City Soundtrack - "Her Words Destroyed My Planet"




• MELHOR LETRISTA

• Dustin Kensrue - Thrice

• MAIOR NOTÍCIA DO ANO

• A volta do blink-182 e a morte do Michael Jackson


• ELES LANÇARAM UM CD?!?!
(Álbuns tão inexpressivos que nem parece que foram lançados)

• Taking Back Sunday - New Again



• The Used - Artwork






• EXPECTATIVAS PARA 2010

1. Motion City Soundtrack
2. Story Of The Year
3. blink-182



2009 foi um ano sensacional para a música. Muitos cd's incrivelmente bons, tantos em um só ano que a lista dos 15 melhores fez injustiça a muitos álbuns maravilhosos que não couberam na seleção. Se 2010 for pelo menos metade do que foi esse ano, o ano que vem será sensacional.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Avatar





                Depois de muito tempo de espera, muita hype criada e muita dúvida de quase todos, Avatar chegou aos cinemas. Com um orçamento exorbitante, na faixa dos 300 milhões de dólares, o filme que James Cameron (diretor de Exterminador do Futuro e Titanic) ficou mais de 10 anos preparando é, sim, uma obra magnificia, que proporciona uma experiência imerssiva no cinema nunca vista antes. Claro que para a experiência ser completa, você tem que assistir o filme como o criador o idealizou, em IMAX 3D.

           James Cameron é um cara que gosta de inovar, quebrar barreiras e revolucionar. Desde os 80 e o começo dos anos 90 com os seus filmes da série Exterminador do Futuro ele veio se consagrando como um grande diretor de filmes de aventura e ficção científica, além de desenvolver efeitos especiais que nunca haviam sido vistos antes, abrindo novos horizontes para milhões de novas possibilidades relacionadas a efeitos especiais. Para Avatar o cara passou uma boa parte dos últimos 10 anos desenvolvendo a tecnologia que seria necessária para ele contar a história que, segundo o Cameron, era o projeto da vida dele.

            Acompanhando os trailers e propagandas eu estava muito duvidoso em relação a esse projeto, já que todas as cenas que havia visto não tinham me impressionado em nada e os personagens me pareciam iguais aos de qualquer outro filme que tinha algun personagem gerado por computador. No cinema, é completamente outra história. Ao assistir o filme na tela gigantesca do IMAX, a primeira coisa que me chamou a atenção foi a noção de profundidade que o diretor conseguiu com essas sua nova tecnologia, logo na 1ª cena do filme, o enquadramento parece ter uns 100 metros de profundidade na tela! É realmente incrível. Outra coisa que chama muito a atenção é o nível de detalhamento dos personagens. Em cenas de close, é possível ver os poros na pele dos Na'Vi!!! É de outro mundo!

           Em relação à história, Avatar segue um caminho já trilhado e conta uma história já consagrada, o filme é basicamente Pocahontas no espaço, mas todo o tempo que Cameron dedicou na criação de toda a fauna e flora de seu planeta e a tecnologia 3D que te coloca no meio da história, o [planeta] se transforma em um personagem do filme e faz você se relacionar mais ainda com o sofrimento dos nativos. Vale destacar que como o James Cameron é um bom diretor e sabe como contar uma história, ele cria personagens que acabam tocando o público e fazem essas pessoas se preocuparem com esses personagens, o que não é nada comun nos famigerados blockbusters (o melhor exemplo de personagens que não dizem nada a ninguém é em Transformers 2, onde os robôs iam morrendo e ninguém sentia pena deles).

          No final da sessão, quase não acreditei do tanto que eu gostei do filme. Depois de chegar sem expectativas de ver um filmão, James Cameron me surpreendeu com um. Agora quero assistir pelo menos mais uma vez o filme nos cinemas 3D, pois quando sair no DVD o filme não terá metade da graça. Apesar da história “batida” do filme, Cameron realmente criou um novo modo de ver e fazer cinema, criando uma experiência de imerssão nunca vista antes. Acreditem em todas as especulações, Avatar realmente é um divisor de águas e com certeza se tornará um clássico de ficção científica.



9 / 10

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

John Mayer - Battle Studies





John Mayer tem uma boa bagagem para carregar. O cara já ganhou 4 grammy’s (ele tem apenas 32 anos) e o último disco dele é considerado pelos fãs e alguns críticos como um dos melhores discos de Pop/Blues/R&B das últimas décadas. O cara também é considerado um dos melhores guitarristas da atualidade e já tocou com übercelebridades do blues e jazz como B.B. King, Herbie Hancock, entre outros.

Foram três anos Agora que estamos com o novo álbum em mãos é seguro dizer que Mayer continua entregando ótimas músicas. Como “Continuum”, o seu trabalho anterior, foi, em minha opinião, o disco que ele nasceu para escrever, a obra-prima dele. Podemos dizer que “Battle Studies” é mais um bom álbum de Mayer, porém não é nenhum “Continuum

Não dá para não perceber o ar mais relaxadão de “Battle Studies” em comparação com o último disco do cara. Toda a progressão que ele teve, para um lado mais blues do que o tradicional pop não foi levada adiante nesse disco. A grande maioria das músicas são bem pop e lembram alguns dos momentos mais lentos do trabalho anterior (ex: “Slow Dancing in A Burning Room” ), já que possuem arranjos bem simples e remetem aos velhos tempos de Mayer. Grande exemplo disso é o single “Who Says”, que é basicamente só John Mayer e seu violão, relembrando bastante músicas como a queridinha das garotas “Your Body Is A Wonderland”. É claro que o cd tem os seus momentos blues, onde o cara mostra porque ele é considerado um dos melhores guitarristas da atualidade, com seus solos precisos e ótimas melodias, vale mencionar o ótimo arranjo, com muitas camadas de som de “Assassin”, que acaba se destacando como a melhor faixa do cd na minha opinião.

As letras estão, como é de costume, continuam excelentes. Boatos dizem que o nome do disco seria “John Mayer’s Eleven Reflections On The Theme Of Love, Performed In The Key Of Starry Eye'd Hunkness” e é bem isso que vemos, já que, praticamente, todas as músicas versam sobre o amor e suas alegrias e desilusões, assunto recente para Mayer, já que ele acabou de terminar o seu, bem público, relacionamento com a atriz Jennifer Anniston.

Com John Mayer não tem como errar mesmo, o cara é muito bom, mas apesar de ser um passo para trás em relação a progressão, Battle Studies funciona muito bem como um bom disco de pop e eu recomendo para todo mundo que quer curtir um cd de boa


8.5 / 10

30 Seconds To Mars - This Is War




Jared Leto volta com o trabalho mais ambicioso de sua carreira, aliado de muita ambientação e do Summit, o seu coral de mais de 1000 fãs (mais prentensioso imossível).



                Já se passaram quatro anos desde que foi lançado o último álbum do 30 Seconds To Mars, “A Beautiful Lie”. Foi Esse disco lançou os caras para o grande público do mundo todo e até trouxe os caras para uma série de shows aqui no Brasil. Apesar de muito ódio recebido, a banda é um eficiente grupo de space rock/alternativo, no melhor estilo Angels & Airwaves, onde mesclam uma pegada forte Pop com alguns experimentalismos.

                This Is War” só pode ser lançado depois de muito trabalho por parte dos caras da banda, já que o próprio Jared Leto teve que arcar com uma multa de milhões de dólares, pois eles decidiram quebrar o contrato com a gravadora para fazer o disco que a banda queria e não o que os executivos queriam. Após poucas escutadas já da para perceber o porque que a gravadora estava relutante em lançar o CD. Esse é, muito provavelmente, o álbum mais épico e grandioso do ano de 2009.

                Desde o seu primeiro álbum, Jared Leto tenta, sempre, fazer um som que é quase sobre-humano...um verdadeiro complexo de pau-grandismo que, na maioria das vezes, faz com que as músicas fiquem enfadonhas, já que fica impossível relacionar-se com o que o cara está te entregando.

                O que vem de diferente em “This Is War”? Leto soube conciliar o que fez de bom no 1º e no 2º álbum da banda para fazer o melhor cd do 30 Seconds To Mars até hoje.

                “Escape”, a primeira faixa do cd, é uma pequena introdução para o álbum. Nessa faixa já aparece em ação o Summit, o coral de fãs que a banda formou. Apesar de terem momentos onde esse coral é muito bem utilizado, como nas faixas “Kings And Queens” e na prórpia faixa-título “This Is War”, tem momentos onde o coral acaba soando um pouco “forçado”, como na música “Call To Arms”, música que é um exemplo de como a ambição do artista pode te “sufocar” em alguns casos.

                O 1º single lançado foi a faixa “Kings And Queens” que, na minha opinião, é uma das melhores músicas ja escrita pela banda, com um refrão poderoso a música empolga e, lá para o final da faixa, quando o Summit começa a cantar, você se sente obrigado a cantar junto. Outra faixa que merece destaque é a música “Hurricane”, que tem a inusitada participação especial do rapper Kanye West. A música pega pesado na ambientação e é formada, basicamente, por um riff de piano e uns elementos eletrônicos como pano de fundo, o experimentalismo dessa música pode lembrar um pouco o 1º cd da banda, onde as músicas eram mais compridas e tinha um quê de progressivo, devido a algumas estruturas pouco ortodoxas.

                No fim das contas, esse é o melhor cd do 30 Seconds To Mars e, acho, que isso vai se tornar uma unanimidade, pois apresenta a banda em seu auge em relação à composição de boas músicas. Apesar de alguns momentos onde o complexo de pau-grandismo de Jared Leto pode intimidar o ouvinte o saldo acaba sendo positivo, tendo em vista que esse é um bom álbum.


7 / 10

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

(500) Dias Com Ela






                (500) Dias Com Ela” é mais uma comédia romântica a chegar aos cinemas, o mais interessante é que, esse filme não é só mais um, ele realmente tem conteúdo. Os motivos que tornam esse filme especial quando comparado a todos os outros filmes desse estilo que chegam aos cinemas todas as semanas são: 1) Uma honestidade incomparável na visão do “amor” e 2) Uma direção interessante e extremamente criativa do egresso de videos músicais e estreante em longas, Marc Webb.

                O filme conta a história de Tom (Joseph Gordon-Levitt de “10 Coisas que Eu Odeio em Você”) e Summer (Zooey Deschanel de “Sim Senhor”) e dos 500 dias de seu relacionamento, daí o título. Tom é um garoto que trabalha escrevendo cartões comemorativos e tudo que deseja é conhecer a mulher de sua vida, já que ele acredita veemente no amor. Summer gosta de aproveitar a vida sem compromissos e rótulos, portanto, não acredita no amor. Quando os dois se conhecem no escritório Tom se apaixona a 1ª vista e, a partir daí, nascerá o relacionamento que irá ser contado nos 500 dias do título.

                Todos os relacionamentos são feitos de altos e baixos, momentos bons e ruims e esse filme entende isso, então não tenta mistificar o relacionamento como os filmes românticos normalmente fazem, naquela fórmula de “tudo vai bem, até o momento que algo acontece, o garoto precisa correr até a sua mulher e soltar uma frase de feito para reconquistar a garota e ficar tudo bem”. As personagens principais são muito humanas nesse sentido, já que eles têm os seus dias bons e ruims, suas brigas sérias e bobas e tudo mais, como num relacionamento de verdade.

                A direção de Marc Webb é muito interessante no seu modo de contar a história, já que não a conta linearmente, o diretor pega dias aleatórios e segue uma sequência ilógica, mostrando momentos-chave da relação de Tom e Summer. Como Webb já possui uma grande experiência em contar pequenas histórias em seus videoclipes, seu catálogo passa dos 100 vídeos, ele utiliza essa abordagem para trazer um pouco de inovação, contando pequenas histórias nos dias que vai nos mostrando. Esse esquema de falta de lienaridade torna a experiência de assistir o filme muito mais imerssiva, pois a falta de sequência lógica tira a sua referência de onde você está na história e o que falta acontecer, então você deixa de lado tudo isso e só aproveita a história que está sendo contada.

                São todos esses aspectos que tornam “(500) Dias Com Ela” uma experiência extremamente gratificante. A maneira peculiar de contar a história, a sensibildade romântica com a qual é muito fácil de se relacionar e a boa escolha dos atores principais, esse é um filme   deliciosamente imperdível.

9.5/10

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Review: Say Anything - Say Anything




Max Bemis está apaixonado e muito mais feliz!
Essa frase pode muito bem definir o sentimento onipresente do novo disco do Say Anything.

                Desde 2007 que não ouviamos do Say Anything. Foi nesse ano que eles lançaram o incrivelmente longo épico “In Defense Of The Genre”. Piadinhas à parte, aquele álbum foi muito bom, apesar de ter algumas músicas que estavam lá só para encher os dois discos que o formavam. Algumas músicas eram realmente excelentes ( “Baby Girl, I’m A Blur”, “Shiksa ( Girlfriend”, “The Church Channel”, entre outras...). Quando Bemis fez a declaração que eles iriam fazer mais amor (elegância é o que pega) com menos músicas para fazer o álbum sair inteiro excelente, eu fiquei empolgado. IDOTG foi sensacional, mas eles acharam que não era bom o suficiente?? E queriam fazer um álbum melhor?? Não pude não pensar:


Isso vai ser muito bom...


                Agora acabamos de entrar em novembro e, finalmente, o resultado chegou. E qual o veredito? – Só posso dizer que o cd alcançou todas as minhas expectativas e tem o potencial de, após mais algumas escutadas, se tornar o meu preferido dos caras.
                Ao contrário do IDOTG que parecia que estava em todos os lugares ao mesmo tempo, esse cd novo, auto-entitulado Say Anything, é muito mais coeso, em um sentido no qual as músicas criam um sentimento de continuidade e o álbum parece mais como uma unidade e não como uma coletânea, que acontecia com o antecessor. Esse novo som dos caras está com uma pegada mais pop e upbeat, isso se deve ao fato de que o Sr. Bemis se casou e está muito bem como todo o seu problema de bipolaridade, porém não faltam as músicas mais “porradinhas”, coisa que muitos fãs ficarão felizes em saber.

                No quesito musicalidade a banda melhorou bastante. Toda a parte instrumental lembra bem alguns dos melhores momentos do álbum anterior e nesse novo trabalho até aparecem uns solos de vez em quando, coisa que quase nunca apareceu nas musicas do SA.

O ponto forte do Say Anything sempre foram as letras de Bemis, que sempre tiveram sacadas sensacionais e sempre foram muito melhor do que as coisas que se encontram por aí em outras bandas de pop-punk. Nesse novo álbum Bemis continua forte com suas referências à cultura pop e todas as suas sacadas “espertinhas” estão la e quando você percebe-las irá rir e pensar: “esse cara é um gênio”. As referências vão do Kings Of Leon ao seriado Will & Grace...sim, Max é um letrista incrível.

                Não tem como discutir, essa é uma das melhores bandas dos atualidade. Eles são bons compositores, tem umas sacadas sensacionais em suas letras, seus refrões são aqueles que são para serem cantados em alto e bom som com seus amigos (de preferencia, bebados!). Say Anything é sensacional e eles se mantém desse mesmo jeito com mais esse lançamento.
                Ouvi gente dizendo que eles se venderam. Mas se pararmos para pensar, eles já se venderam faz tempo e não é preciso muita reflexão para perceber que eles são os melhores “sell outs” do mundo!

Ahhh....2009....what a great year for music.

9 / 10

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Bastardos Inglórios





Acho que essa deve ser a minha obra-prima”
                                             Tenente Aldo Raine


        
            Essa frase, que no filme Bastardos Inglórios é dita por Brad Pitt, pode muito bem ser interpretada como palavras do próprio Sr. Tarantino, impressionado com o resultado de sua mais recente obra.


            Até então não gostava de Quentin Tarantino. Os poucos filmes que tinha assistido não haviam me interessado e, em um caso, nem consegui assistir o filme inteiro. (Para deixar bem claro...eu nunca assisti Pulp Fiction). Porém, todos os trailers dos Bastardos me fizeram querer dar mais uma chance para o cultuado diretor.


            Bastardos Inglórios pode ser classificado como uma comédia de guerra, mas o filme é muito mais do que isso.


            O filme conta duas histórias em paralelo, uma é a dos Bastardos própriamente ditos, eles que são um bando de soldados judeus americanos que aterrorizam as tropas alemãs por sua crueldade no campo de batalha. A outra história é a de Soshana, uma judia que teve a sua família exterminada pelos nazistas e anseia por vingança.


            Como todos sabem, com Quentin Tarantino as coisas nunca são “normais” e esse filme não foge da regra. O diretor toma algumas “liberdades narrativas” sobre a história da guerra, que duvido as pessoas não saírem da sala de cinema com um sorriso de orelha a orelha. Em outras palavras, a história do filme é muito boa. Os diálogos são um ponto forte que, apoiado por ótimas interpretações, dão muito o que pensar.


            Ouvi falar muito sobre a violência presente no filme, mas ao assistir, tenho que dizer que isso tudo foi supervalorizado. Bastardos Inglórios não é muito mais violento do que alguns filmes sobre a 2ª Guerra Mundial e ao contrário desses outros filmes, que retratavam a guerra com um tom realista e deixava-nos chocados com as atrocidades, nesse filme a violência é “divertida” e bem banalizada como só o Tarantino sabe fazer.


            Apesar de seu longo tempo de duração (2h40min) o filme não pesa sobre o espectador, que sai do cinema ofegante após o grandioso climax do filme.
            Assim como quase todas as obras de Quentin Tarantino esse filme também é um ode ao cinema e todo o amor que o diretor sente pelo mesmo está presente no filme, cheio de referências ao cinema clássico, sem contar que uma boa parte da trama gira em torno de um cinema situado na Paris ocupada por nazistas.


            A ótima direção de Tarantino, as ótimas interpretações ( destaque para o coronel da SS vivido pelo, até então, desconhecido dos holofotes hollywoodianos, Christoph Waltz que rouba a cena de um Brad Pitt que tenta roubar a cena), diálogos inteligentes ( destaque para a sequência inicial, que apresenta um dos interrogatórios mais tensos da história do cinema, tudo isso graças a diálogos brilhantemente escritos por Tarantino)  e muita ação se juntam para fazer o que pode muito bem ser o melhor filme do ano até agora.


É nesse momento que deixo o meu ódio preconceituoso que tenho pelo Tarantino e só posso dizer  “Parabéns!”. Isso sim que é um filmão.




9.5/10

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O Informante




O Informante é um filme que beira à perfeição, com uma ótima direção, performançes excelentes de todo o seu elenco além de uma história envolvente e emocionante.

Michael Mann é um cara extremamente talentoso. Diretor de filmes como Fogo Contra Fogo, Colateral e Miami Vice, ele sabe como fazer um filme denso e emocionante, com histórias muito mais elaboradas do que o thriller básico que inunda o cinema atual, é uma pena que O Informante não é tão lembrado  como deveria pelas pessoas hoje em dia.

O filme conta a história real de um caso que aconteceu com o programa “60 Minutes” nos anos 90, quando enfrentou vários problemas jurídicos ao tentar transmitir uma entrevista que iria expor os podres da indústria do tabaco. A trama é vista através do ponto de vista de um recém demitido executivo da indústria do Tabaco, chamado Jeffrey Wigand (Russel Crowe de Gladiador) e do produtor do programa “60 Minutes”, chamado Lowell Bergman (Al Pacino de Um Domingo Qualquer).

O filme pode ser dividido em duas grandes partes com um prólogo e um epílogo. A 1ª delas acompanha o ponto de vista de  Wigand quando é demitido e decide abrir a boca sobre a a indústria para quem costumava trabalhar e é aí que tudo desanda, a personagem começa a receber ameaças de morte, sua esposa se divorcia dele e acompanhamos todo o processo em que ele pondera se deve ou não falar. Na 2ª parte acompanhamos Lowel Bergman e toda a sua luta com a administração da rede de tv para qual trabalha, que está cancelando a transmissão da entrevista com Wigand pois está com medo das retaliações legais que virão se o programa fosse para o ar.

As performances dos protagonistas Al Pacino e Russel Crowe são magníficas. Não consigo me lembrar de nenhuma atuação melhor de Crowe, que nesse filme está perfeito no papel do ex-executivo que vê a sua vida entrar numa espiral decadente quando decide falar com a imprensa sobre os podres que a indústria do tabaco esconde tão bem. Al Pacino está em seu último grande papel ante dos anos 2000 quando pareceu que perdeu toda a seu bom senso na hora de escolher projetsos e, também, a sua habilidade de atuar. O elenco de apoio também está muito bem em seus papéis, com destaque para Christopher Plummer que faz o papel de Mike Wallace, apresentador do programa “60 Minutes”.

Mann é conhecido por sua precisão como diretor, ele analisa tudo meticulosamente antes de fazer qualquer coisa, ou seja, todos os seus enquadramentos e cortes, a sua trilha sonora, é tudo pensado. Em O Informante, acredito, que não existe nada que poderia ser mudado ou melhorado. Tudo está perfeitamente colocado no filme e não há nada que ninguém conseguria idealizar melhor do que o diretor já fez; como já disse no começo da resenha esse filme beira à perfeição.
A transição entre as partes principais é tão sutil e bem colocada que nem percebemos acontecer e a introdução do filme onde vemos a personagem de Al Pacino conduzindo a entrevista no Oriente Médio não tem nenhuma importancia para a história própriamente dita do filme, mas mostra o caráter de quem é Lowel Bergman que acaba sendo um dos pontos centrais do argumento da história, tornando a cena extremamente bem colocada no contexto geral..

Infelizmente nunca havia assistido essa obra prima que é O Informante, mas ainda bem que assisti e recomendo a todos assistirem, pois esse é um filme extremamente poderoso com uma história muito próxima da gente (quantos amigos, parentes etc. Não fumam?) e muito pouco valorizado, o que é uma pena. Vendo que Beleza Americana ganhou o Oscar em 1999 quando concorria com O Informante prova que a Academia não sabe de nada, esse filme merecia todos os 7 Oscar’s que concorreu e, na minha opinião, mais uma dúzia de outros prêmios.


9.95/10

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Relient K - Forget And Not Slow Down






                Assim como disse na resenha do Cd do Thrice, ter muitas expectativas para algo pode ser ruim. Se revertermos a lógica podemos pensar que não ter expectativas para alguma coisa pode ser bom. No caso do novo cd do Relient K isso é muito bom.

                Forget And Not Slow Down é o sexto disco de estúdio da banda Relient K e o 1º desde o, bem ruimzinho, Five Scores And Seven Years Ago de 2006. Foi justamente esse último álbum que tirou as minhas esperanças nessa banda, o disco tinha sido muito genérico e com poucos momentos que valiam a pena revisitar de vez em quando. Ainda tiveram esses três anos que separaram o último lançamento que, sem nada novo, me fizeram “desistir” dessa banda. Semana passada o fórum de música absolutepunk.net postou um stream exclusivo do Forget And Not Slow Down (uma semana antes de seu lançamento oficial, que acontece hoje, dia 6 de outubro) e eu decidi ouvir o trabalho dos caras, já que em um post do seu blog, Jason Tate (dono do ap.net e um  cara com um gosto de música muito parecido com o meu), falou muito bem do cd.

                Logo na 1ª vez que escutei o cd fui fisgado pelos refrões “catchy”, pelas melodias alegres e por partes de letras que fui prestando a atenção. Agora na minha 9ª vez escutando o disco não consigo parar de ter uma sensação de que esse cd é muito, muito bem feito, que tudo está no lugar que deveria estar e que não tem nada mais para acrescentar ou tirar. Pode parecer que estou descrevendo um cd perfeito, mas não é, ele chega perto, mas ainda tem as susas falhas.

                Apesar de ser um cd sobre desilusões amorosas (sim, mais um desses), as músicas são muito “upbeat” e gostosas de ouvir, não consigo pensar em nenhum momento do disco que achei que a banda pesou no melodrama. As melodias são bem alegres e os refrões são aqueles que quando você estiver ouvindo o CD sozinho em casa, duvido que você não se empolgue enquanto canta esses trechos.

                Forget And Not Slow Down é um trabalho muito coeso, vendo que a banda fez um álbum com 15 faixas que somam 45 minutos, não fica dificil de perceber que as músicas não são compridas, não é bem isso. As músicas não são longas, mas é que temos 4 faixas que somam apenas 4 minutos e pouco. Essas pequenas faixas são “intros” e “outros” para algumas outras músicas do CD. Um pouco antes na resenha quando disse que tudo está no lugar que deveria estar, me referia a essas pequenas “músicas”. Essas faixas fazem as transições de uma música para a outra serem muito sutis, o que cria uma sensação de o CD ser uma grande música com momentos distintos. Esses momentos distintos marcam bem várias facetas da banda como a mais “agressiva” “Sahara” ou a überpop “Over It”, são essas diferentes "faces" da banda que tornam esse CD um disco variado e digno de várias escutadas.

                Em relação às falhas, tenho que falar que as letras são meio “bobinhas”, mas nada que vá fazer você desgostar do disco por causa disso, só acho que eles podiam ter tentado algo mais com elas.

                O Relient K fez um disco Pop Rock sensacional que, se não fosse pelos absurdos lançamentos sensacionais que 2009 está tendo, seria um candidato à disco do ano na minha opinião. Um disco divertido, bom de ponta a ponta e com músicas que você ficará o dia inteiro cantando.

9/10



quarta-feira, 30 de setembro de 2009

District 9





O filme Distrito 9 estreiou nos EUA a quase um mês já e desde que começaram a sair os virais para promover o filme eu já tinha ficado muito empolgado em assistir esse que, pelo pouco que tinha visto, parecia ter uma premissa bem original para um filme de ficção cientifica. Foi então que descobri que já tinha uma cópia em qualidade de DVD rolando pela internet então não consegui segurar a curiosidade e baixei para ver o filme.

Vou dizer que pretendo ir no cinema ver de novo!

O filme mostra uma Joanesburgo alguns anos no futuro onde alienígenas vem vivendo com os humanos a pelo menos vinte anos. Mas essa convivencia não é pacífica, já que rola um preconceito com os ET’s, carinhosamente apelidados de “camarões”. Essas criaturas vivem em um bairro cercado chamado “Distrito 9”, que é,  basicamente, uma favelona. O personagem principal é Wikus Van De Merwe, um funcionário da MNU, uma espécie de ONU da ficção.

Assim como o filme Up, acho que contar mais sobre a história do filme pode estragar a experiência de assisti-lo, já que é um filme que tem um quê de “fresco” em sua originalidade (não consigo pensar em nenhum filme como esse).

Distrito 9” tem um tom muito politizado, coisa que não é comum em ficções científicas e acho que é esse tom e a premissa pouco convencional, que coloca os extraterrestres tentando conviver na sociedade com os humanos, que tornam esse filme diferente e, por consequencia, um filme que deve ser assistido.

Outro ponto forte dessa produção são os efeitos especiais que foram feitos pela empresa do Peter Jackson (de O Senhor Dos Anéis, que aqui fica com o cargo de produtor) que são espetaculares em criarem as criaturas que parecem reais. O mais impressionante é que esses efeitos especiais de qualidade das maiores produções de Hollywood foram feitos com, supostamente, apenas 30 milhões de dólares (!!), o que é uma quantia impensável para uma produção desse tipo.

O cargo da direção fica com o estreante Neil Blokamp que faz um ótimo trabalho colocando um estilo próprio que casa muito bem com o tom de documentário/câmera na mão. Esse filme é uma estréia impressionante e deixa você pensando o que esse cara poderia ter feito com o filme baseado no jogo de videogame Halo que era para ter sido o 1º projeto dele antes de ter sido cancelado pelo estúdio.

Distrito 9 é um filme original, com uma história bem diferente e legal e com ótimas cenas de ação. Na minha opinião é uma das melhores produções de ficção científica dos últimos anos. Recomendo muito irem checar o filme quando sair nos cinemas aqui no Brasil.


9/10

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Paramore - Brand New Eyes

Paramore aproveita o crescimento dos integrantes para fazer o seu álbum “mais maduro”, o que impressiona, pois chamar esse álbum de “maduro” não é só uma desculpa para justificar um trabalho medíocre e sim mostrar que os integrantes estão mais conscientes e confiantes nas suas habilidades como compositores.


Quando a banda Paramore lançou o seu 1º disco “All we know is Falling” em 2005, Hayley Williams (vocalista) tinha apenas 16 anos e quando lançaram o 2º disco “Riot!” Hayley ja tinha 18 anos e dava para perceber essa mudança, bem sutilmente, em suas letras e músicas. Agora Hayley está com 20 anos e Paramore está lançando o disco “Brand New Eyes” e parece que ela amadureceu bastante entre o último disco e esse novo trabalho.


Riot!” foi um sucesso muito grande, tão grande que até trouxe a banda para o Brasil, e era caracterizado por um som bem pop-punk com todas as variedades de “woah-oh” que você pode imaginar. Algumas músicas até mostravam um pouco de consciência adulta (“Hallelujah”) mas algumas músicas eram pegavam pesado no lado adolescente, contando histórias de vadias que roubaram o namorado de Hayley na escola (“Misery Business”). Em “Brand New Eyes” vemos uma Hayley muito mais consciente e confiante nas composições de suas letras, com trechos bem pessoais e que mostram como uma garota , com todos os seus problemas de estar virando adulta e todos os conflitos na banda, se sente.


Na parte instrumental não teria nada a reclamar, porém o que é perceptível na discografia do Paramore é que a cada cd Hayley foi ficando 10 vezes, enquanto a banda ia ficando, digamos, 3 vezes melhor. Não estou dizendo que eles são ruims nem nada, mas é que o progresso que Hayley teve ofusca um pouco o instrumental da banda.


O cd tem um tom diferente dos outros trabalhos da banda. Nesse álbum vemos composições que estão mais para Rock Alternativo do que para o pop-punk. Algumas músicas me lembram bastante um som a-la Alanis Morrissete, devido ao tom mais down e as letras confidentes. “Brand New Eyes” tem de tudo, músicas mais rápidas (“Ignorance”), baladas acústicas (“The Only Exception” e “Misguided Ghosts”) e, como ja havia dito, músicas um pouco mais lentas do que o Paramore normalmente faz (“Turn It Off”).


No fim das contas “Brand New Eyes” é um ótimo cd. As letras estão melhores do que nunca, as músicas são diferentes, o que é bom porque ninguém queria mais do mesmo. Esse disco lembra bastante alguns momentos do “All We Know Is Falling”, só que melhor....


Agora é só torçer para que eles voltem para o Brasil, porque se depender da acessibilidade desse disco, jaja eles estarão de volta.


8.5/10

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Brand New - Daisy


Ahh Jesse Lacey....com você não tem erro mesmo....

A banda Brand New acaba de lançar o seu novo cd, entitulado "Daisy", mas não se enganem pelo nome fofo...o cd é foda...com algumas das músicas mais pesadas da carreira da banda e um "novo" som para uma banda que possuí uma das discografias mais constantes e impressionantes de hoje em dia.
Para dar uma situada, o último cd do Brand New tinha sido o, ótimo "The Devil And God Are Raging Inside Of Me" de 2006. Desde então a banda passou por alguns momentos díficeis e foi até duvidável de que esse álbum fosse sair. Agora 3 anos depois, o disco finalmente vê a luz do dia.

Ainda bem que esse disco saiu....

Assim como o TDAGARIM o Brand New continua com sua levada um pouco mais dark, porém esse cd é um pouco diferente do resto da discografia da banda, porque o, possessivo, vocalista e compositor Jesse abriu espaço para o guitarrista Vinnie escrever grande parte do CD. Então o que vemos aqui é uma pequena "mudança de ares" levada por uma pequena experimentação ("Be Gone") que poderá dividir as opiniões dos fãs da banda.

Algumas reviews ja compararam o som desse cd com o do "In Utero" do Niravana e eu tenho que concordar. O som está bem "crú" em relação a produção e leva bastante aquela dinâmica de leve/pesado que o Nirvana tem, onde o Kurt cantava partes e nas partes mais "vivas" da música, soltava a sua garganta nos berros. É assim que fica caracterizada a 1a faixa do cd "Vices" que te atinge que nem um soco na cara. A faixa "Sink" também se aproveita disso para mostrar esse lado mais agressivo do Brand New, lado que, quase nunca visto antes, impressiona.

Ouvindo a opinião de várias pessoas que curtem a banda deu para perceber que esse disco é muito relativo (tem muita gente amando e muita gente odiando) então ele sofre desse caso de polarização do ouvinte, o que é uma pena, por que um dos melhores momentos da carreira da banda estão presentes aqui.

Tenho que dar destaque a 3 faixas em especial "At The Bottom", "You Stole" e a faixa-título "Daisy", essas três músicas estão, na minha opinião, entre as mehlores músicas ja escritas pelo Brand New. A 1a delas é o single do álbum e apresenta letras sensacionais que só o estado de espírito "down" de Jesse pode nos oferecer, letras como:

And there's a lake
And at the bottom you'll find all our friends
They don't swim cause they're all dead
We never are what we intend or invent

mostram bem o ponto de vista meio mórbido que Jesse tem sobre a vida, mas no fundo essas letras são bem profundas e te dão bastante no que pensar.

A 2a faixa mencionada ("You Stole") é o épico de 6 minutos do cd, muitos estão chamando essa faixa de a "Limousine desse disco", pois apresenta uma dinâmica bem parecida, mas, apesar de Limousine ser uma das minhas músicas favoritas, essa faixa é mais bonita e muito mais atmosférica.

Por último temos "Daisy", uma música simples, mas que apresenta uma melodia e letras que me impressionaram.

Em conclusão, "Daisy" não é o melhor álbum do Brand New, mas também não é o seu pior disco. Com incríveis momentos (as faixas mencionadas acima) e alguns momentos ruims ("Gasoline") esse cd é mais um trabalho sólido que esses caras lançaram. Boatos dizem que esse é o último que eles irão lançar...se isso for verdade, pelo menos eles estão indo embora em grande estilo....

9/10

Download: "Daisy", "At The Bottom", "You Stole" e "Limousine (RS Rebridge)"

www.4shared.com/dir/20650829/9913f01f/Brand_New.html
pass: wethebeggars

terça-feira, 15 de setembro de 2009

UP! - Altas Aventuras


Ontem a noite fui assistir ao novo filme da Pixar, Up.

Assim como todo mundo já deve saber o filme conta a história de um velinho rabugento que amarra a sua casa em milhares de balões e parte em direção a uma aventura na América do Sul, porém, sem querer, acaba levando consigo um pequeno escoteiro atrapalhado.

Só de pensar pela dupla inusitada de protagonistas do filme já fica meio díficil acreditar que esse é um dos mais divertidos e, discutivelmente, o melhor filme da Pixar (o que é grande coisa, devido ao impressionante catálogo da produtora).

Para não contar mais detalhes que possam estragar a história do filme, serei breve em dizer o que tenho para dizer.

É incrível como a Pixar tem um jeito de criar personagens tão memoráveis e adoráveis a cada filme que fazem, seja Woody e Buzz do clássico Toy Story, ou o pequeno Nemo de Procurando Nemo, a Pixar sempre criou personagens memoráveis e em Up não é diferente. Carl e Russel, os dois protagonistas, são sensacionais. Engraçados, tocantes e muito simpáticos.
Outro fato que é impressionante é como a Pixar consegue desenvolver esses personagens durante o filme, só na sequencia de abertura, que deve durar uns 15 minutos e tem poucas falas, o filme consegue desenvolver a história de seu protagonista melhor do que muitos filmes que estão por aí.
Up tem de tudo: momentos emocionantes, momentos engraçados, momentos de reflexão, momentos de puro nonsense...E é essa combinação, tão inusitada quanto os seus protagonistas é que faz o filme tão maravilhoso. Pode-se dizer que Up é uma montanha-russa de emoções e essa é uma montanha-russa que adorarei revisitar antes de morrer.

Com a Pixar não tem erro, isso todo mundo sabe, e Up não é só mais um acerto deles. Muito provavelmente é o maior acerto deles.


9.5/10

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Anti-Cristo (2009)




Anti-cristo
é um filme de Lars Von Trier (para quem não conhece, ele foi o diretor de Dogville, com Nicole Kidman), diretor que adora inovar em seus filmes, como em Dogville (no qual os cenários não passavam de linhas no chão delineando casas da pequena cidade), nesse novo trabalho Von Trier decide chocar o público, e quando digo decide, ele realamente ira te chocar, desde sua, incrivelmente bela, trágica e quase pornográfica cena de abertura (filmada totalmente em câmera lenta e preto-e-branco) até as cenas de "tortura" e sexo, que ocorrem ao decorrer do filme.
Quando eu menciono "tortura" é preciso dizer que esse é o 1o filme de "terror" na carreira do diretor e conta a história de um casal que perde o seu filho bebê em um acidente e depois disso entram num processo de luto. Enquanto a mulher sofre absurdamente, o marido, psicólogo, é mais racional e tenta ajudar a esposa a superar essa depressão levando-a para a cabana que eles possuem nas montanhas.

Von Trier sempre busca contar as suas histórias de modos inventivos, nesse filme ele divide a história em 4 capítulos: "Luto", "Dor (Caos Reina)", "Desespero (Ginocídio)" e "Os três mendigos" além de um Prólogo e um Epílogo. Outra coisa que chama a atenção é existem apenas 2 atores na grande maioria do filme, o homem (Willem Dafoe, de Homem Aranha) e a mulher (Charlotte Gainsbourg, de 21 Gramas).
Tendo uma duração de quase 2 horas o filme pode parecer cansativo em partes, mas acredito que isso é intencional. Acredito que isso é feito para fazer parte da experiência de sentir-se acabado que o diretor tenta passar ao público atravéz do sofrimento dos personagens.

O filme pode ser descrito como uma viagem bizarra pela cabeça de um dos melhores cineastas de hoje em dia. Porém essa é uma viagem que tem que ser feita com conciência, como ja disse, esse é um filme muito pesado e tenso, então é preciso ir ao cinema com a intenção de assistir um filme artístico.
É incrível a ousadia do diretor de fazer um filme extremamente diferente dos padrões hollywoodianos, com todas as "fórmulas do sucesso" hoje em dia, é díficil ver um filme tão vanguardista e sem pudor desse jeito.

Na minha opinião esse filme é uma experiência que tem que ser aproveitada antes de tentar entende-la.
Um filme chocante que lembrarei para o resto da minha vida.

8,5/10



segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Review: Thrice - Beggars


Às vezes ter altas expectativas para alguma coisa é foda...quase sempre isso que você está esperando não chegará no nível que você esperava e você acaba decepcionado. Isso acontece em 99% das vezes. Mas graças a deus ainda existe esse 1% que surpreende independente do que você está esperando.

Thrice é de longe minha banda favorita e acredito que esses caras sejam a banda mais criativa e versátil que existe hoje em dia. (Os caras começaram como uma banda de Post-Hardcore com gritos e tudo e hoje em dia já foi chamada de "Radiohead com um som mais pesado").
O último cd que os caras tinha lançado tinha sido uma coletânea de 4 EP's sendo que cada EP representava um elemento básico da natureza (Fogo, Água, Ar e Terra), ou seja, as músicas eram relacionadas à esses temas, por exemplo, o disco do Fogo apresentava um som bem pesado com muita distorção e brutalidade. O disco da água apresentava um som meio industrial com muito reverb e efeitos que te faziam sentir embaixo da àgua. O disco Terra era uma coisa bem crua com um som meio folk e o disco Ar apresentava efeitos que davam uma leveza que faziam você imaginar uma criatura flutuando pelo ar....resumindo, o disco tinha sido uma experimentação pesada e o resultado foi sensacional, por isso as expectativas eram grandes...Será que eles conseguiriam superar o Alchemy Index?

Então o Thrice nos entrega Beggars o seu novo trabalho (e inspiração para o nome do blog). Beggars é um disco de rock alternativo com uma pegada forte em grooves e um pouco de experimentação, o disco apresenta um som muito mais direto e funciona bem como uma coleção de músicas que formam um trabalho conciso e não apenas idéias juntadas e divididas por seções (como aconteceu no último disco). Por não terem que criar toda uma estética para as músicas do cd o Thrice ficou um pouco mais aberto para fazer o que queriam, no Cd temos músicas orientadas por riifs ("The Weight" e "In Exile"), músicas que nos lembram o Radiohead ("Circles"), etc.

Na minha opinão O ponto forte do cd é o integrante Dustin Kensrue (além de vocalista ele é o letrista da banda). Nesse cd a voz do Dustin está sensacional (incrível a evolução que esse cara teve de cd a cd) e as letras são sensacionais (principalmente a faixa-título "Beggars"). Outro integrante que está aparecendo bastante nesse cd é o baixista Ed que em alguns casos até acaba sendo o ponto central da música ("All The World Is Mad").

Mesmo tendo todas as expectativas que eu tinha por esse trabalho, os caras conseguiram me surpreender com um cd direto de Rock Alternativo. Músicas ótimas, com letras sensacionais. Forte concorrente à melhor disco do ano....quero só ver alguém superar isso.

Tracklist:

1."All the World Is Mad" 3:59
2."The Weight" 5:00
3."Circles" 4:19
4."Doublespeak" 4:51
5."In Exile" 3:53
6."At the Last" 4:05
7."Wood & Wire" 4:10
8."Talking Through Glass / We Move Like Swing Sets" 4:30
9."The Great Exchange" 3:33
10."Beggars" 5:24

Nota: 9.5/10

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Top 5 Discos de 2009 (até agora)

Não sabia o que escrever aqui e tava com vontade de postar alguma coisa....então vou fazer um ranking dos 5 melhores albums de 2009 até agora....

1 - Thrice - Beggars


2 - Rx Bandits - Mandala


3 - fun. - Aim & Ignite



4 - As Cities Burn - Hell Or High Water


5 - Manchester Orchestra - Mean Everything To Nothing



Chegaram perto:

Regina Spektor - Far
Rancid - Let The Dominoes Fall
Dance Gavin Dance - Happiness
Thursday - Common Existence

terça-feira, 11 de agosto de 2009



Jesus Christ, that's a pretty face
The kind you'd find on someone I could save
If they don't put me away
Well, it'll be a miracle

Do you believe you're missing out
That everything good is happening somewhere else?
But with nobody in your bed
The night's hard to get through

And I will die all alone
And when I arrive I won't know anyone

Well Jesus Christ, I'm alone again
So what did you do those three days you were dead?
Cause this problem's gonna last more than the weekend.

Well Jesus Christ, I'm not scared to die,
I'm a little bit scared of what comes after
Do I get the gold chariot?
Do I float through the ceiling?

Do I divide and pull apart?
Cause my bright is too slight to hold back all my dark
And this ship went down in sight of land
And at the gates does Thomas ask to see my hands?

I know you're coming in the night like a thief
(So throw your tongue in mine)
But I've had some time, oh Lord, to hone my lying technique
(I know it's so hard breathing in alone)
I know you think that I'm someone you can trust
(And you were right, I know I said you were wrong)
But I'm scared I'll get scared and I swear I'll try to nail you back up
(I always said you were wrong)
So do you think that we could work out a sign
So I'll know it's you and that it's over so I won't even try

I know you're coming for the people like me
But we all got wood and nails
And we turn out hate in factories
Yeah, we all got wood and nails
And we turn out hate in factories
Yeah, we all got wood and nails
And we sleep inside of this machine

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Tempos De Paz




Hoje tive a sorte de conseguir ir na pré-estréia do novo filme do Tony Ramos e do Dan Stulbach (a.k.a. Tom Hanks brasileiro).

Para começar já foi uma surpresa que logo antes de começar a sessão os próprios Tony Ramos e Dan Stulbach entraram na sala para apresentarem o filme e desejarem uma boa sessão para todos que estavam la.

O filme conta a história de um imigrante polonês que chega ao Brasil logo depois que a Segunda Guerra Mundial acaba la na Europa, porém o Brasil ainda não saiu do status de guerra, então a entrada no país é muito controlada. Isso faz com que o personagem de Stulbach se encontre com o de Tony Ramos, que faz o agente alfandegário que está investigando a situação deste polonês para decidir se ele entra ou não no país.

O filme foi adaptado de uma peça de teatro e isso fica bem evidente no filme, já que grande parte do longa se passa em apenas uma locação, onde os protagonistas ficam conversando.
O que me impressionou muito no filme foi a química que Tony Ramos e o Dan Stulbach tem na tela, os dois criaram personagens cativantes e bem desenvolvidos que, devido às ótimas atuações, fazem você se importar com essas pessoas. Não posso deixar de enfatizar as atuações incríveis dos dois protagonistas, Dan Stulbach está incrívelmente bem nesse papel, que relembra um pouco o papel do Tom Hanks no O Terminal, mas impressiona nas cenas mais dramáticas de um jeito que é quase inacreditável.

Um ótimo filme para quem está procurando boas atuações, boa história e claro...um bom filme.

Gaslight Anthem

Acabei descobrindo o Gaslight Anthem meio que sem querer. Por frequentar um site de música aí uma galerinha usava a capa do cd dos caras como avatar para o profile deles no site. Aí de tanto ver essa capa acabei decidindo baixar, só queria ouvir uma banda nova e que deveria ser boa já que todo mundo estava com a mesma foto no profile né.
Foi então que fui baixar o cd The '59 Sound:


Os caras fazem um rock com uma pegada meio Bruce Springsteen, nas músicas eles falam de desilusões e dilemas de uma vida adulta. Os caras abordam problemas mundanos nas letras e são coisas que são faceis de se identificar, o que ja cria uma proximidade com a música. Mas não para aí, os caras são muito bons para escreverem hinos de rock com uma pegada muito boa. As músicas desse cd foram feitas para serem cantadas em estádios com uma legião de pessoas cantando junto.
Esses caras fazem um rock honesto e direto. Que deixa você querendo ouvir tudo de novo e de novo para aprender a cantar os refrões e versos para conseguir cantar junto de ponta a ponta do cd.
Com certeza um dos melhores lançamentos de 2008 e um disco que acho que até incluiria no Top 10 dos melhores discos que eu já ouvi até hoje.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

1as Impressões - Arctic Monkeys "Humbug"

Ontem baixei o novo cd do Arctic Monkeys. O cd chama "Humbug" e é o sucessor do "Favourite Worst Nightmare".

(Capa do Humbug)
Eu adorei o último cd deles então eu tava numa expectativazinha para esse cd novo. Por enquanto eu to meio que em cima do muro sobre ele. Algumas músicas eu curti mto tpo o single "Crying Lightning" e a 1a música do cd "My Propeller", mas o cd ainda não me pegou de jeito. Não foi um cd que logo na 1a ouvida eu falei "Puta que foda!". Tudo bem que essa semana eu tenho escutado o novo do Thrice, que está uma motherfucking obra-prima, no nível do Vheissu.
Vou dar mais umas chances para o cd do Arctic para decidir se eu realmente gostei ou não.