domingo, 27 de dezembro de 2009

Listas de Fim de Ano!!!!!!!

Chega o fim do ano, chega a hora de todas as listas de melhores e piores do ano....então resolvi postar a minha opinião em relação à música em 2009.


•MELHOR ÁLBUM DE 2009

1. Thrice - Beggars




2. As Cities Burn - Hell Or High Water




3. Manchester Orchestra - Mean Everything To Nothing




4. RX Bandits - Mandala




5. Brand New - Daisy




6. The Dangerous Summer - Reach For The Sun




7. Silversun Pickups - Swoon




8. Relient K - Forget And Not Slow Down




9. Alexisonfire - Old Crows/Young Cardinals




10. MuteMATH - Armistice




11. Say Anything - Say Anything
12. Mew - No More Stories...
13. Florence + The Machine - Lungs
14. Emery - ...In Shallow Seas We Sail
15. Paramore - Brand New Eyes

OBS: esse top 10 (com a exceção do Beggars) pode variar o tempo todo dependendo do meu humor, então não é definitivo.

• SINGLE FAVORITO


• Motion City Soundtrack - "Her Words Destroyed My Planet"




• MELHOR LETRISTA

• Dustin Kensrue - Thrice

• MAIOR NOTÍCIA DO ANO

• A volta do blink-182 e a morte do Michael Jackson


• ELES LANÇARAM UM CD?!?!
(Álbuns tão inexpressivos que nem parece que foram lançados)

• Taking Back Sunday - New Again



• The Used - Artwork






• EXPECTATIVAS PARA 2010

1. Motion City Soundtrack
2. Story Of The Year
3. blink-182



2009 foi um ano sensacional para a música. Muitos cd's incrivelmente bons, tantos em um só ano que a lista dos 15 melhores fez injustiça a muitos álbuns maravilhosos que não couberam na seleção. Se 2010 for pelo menos metade do que foi esse ano, o ano que vem será sensacional.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Avatar





                Depois de muito tempo de espera, muita hype criada e muita dúvida de quase todos, Avatar chegou aos cinemas. Com um orçamento exorbitante, na faixa dos 300 milhões de dólares, o filme que James Cameron (diretor de Exterminador do Futuro e Titanic) ficou mais de 10 anos preparando é, sim, uma obra magnificia, que proporciona uma experiência imerssiva no cinema nunca vista antes. Claro que para a experiência ser completa, você tem que assistir o filme como o criador o idealizou, em IMAX 3D.

           James Cameron é um cara que gosta de inovar, quebrar barreiras e revolucionar. Desde os 80 e o começo dos anos 90 com os seus filmes da série Exterminador do Futuro ele veio se consagrando como um grande diretor de filmes de aventura e ficção científica, além de desenvolver efeitos especiais que nunca haviam sido vistos antes, abrindo novos horizontes para milhões de novas possibilidades relacionadas a efeitos especiais. Para Avatar o cara passou uma boa parte dos últimos 10 anos desenvolvendo a tecnologia que seria necessária para ele contar a história que, segundo o Cameron, era o projeto da vida dele.

            Acompanhando os trailers e propagandas eu estava muito duvidoso em relação a esse projeto, já que todas as cenas que havia visto não tinham me impressionado em nada e os personagens me pareciam iguais aos de qualquer outro filme que tinha algun personagem gerado por computador. No cinema, é completamente outra história. Ao assistir o filme na tela gigantesca do IMAX, a primeira coisa que me chamou a atenção foi a noção de profundidade que o diretor conseguiu com essas sua nova tecnologia, logo na 1ª cena do filme, o enquadramento parece ter uns 100 metros de profundidade na tela! É realmente incrível. Outra coisa que chama muito a atenção é o nível de detalhamento dos personagens. Em cenas de close, é possível ver os poros na pele dos Na'Vi!!! É de outro mundo!

           Em relação à história, Avatar segue um caminho já trilhado e conta uma história já consagrada, o filme é basicamente Pocahontas no espaço, mas todo o tempo que Cameron dedicou na criação de toda a fauna e flora de seu planeta e a tecnologia 3D que te coloca no meio da história, o [planeta] se transforma em um personagem do filme e faz você se relacionar mais ainda com o sofrimento dos nativos. Vale destacar que como o James Cameron é um bom diretor e sabe como contar uma história, ele cria personagens que acabam tocando o público e fazem essas pessoas se preocuparem com esses personagens, o que não é nada comun nos famigerados blockbusters (o melhor exemplo de personagens que não dizem nada a ninguém é em Transformers 2, onde os robôs iam morrendo e ninguém sentia pena deles).

          No final da sessão, quase não acreditei do tanto que eu gostei do filme. Depois de chegar sem expectativas de ver um filmão, James Cameron me surpreendeu com um. Agora quero assistir pelo menos mais uma vez o filme nos cinemas 3D, pois quando sair no DVD o filme não terá metade da graça. Apesar da história “batida” do filme, Cameron realmente criou um novo modo de ver e fazer cinema, criando uma experiência de imerssão nunca vista antes. Acreditem em todas as especulações, Avatar realmente é um divisor de águas e com certeza se tornará um clássico de ficção científica.



9 / 10

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

John Mayer - Battle Studies





John Mayer tem uma boa bagagem para carregar. O cara já ganhou 4 grammy’s (ele tem apenas 32 anos) e o último disco dele é considerado pelos fãs e alguns críticos como um dos melhores discos de Pop/Blues/R&B das últimas décadas. O cara também é considerado um dos melhores guitarristas da atualidade e já tocou com übercelebridades do blues e jazz como B.B. King, Herbie Hancock, entre outros.

Foram três anos Agora que estamos com o novo álbum em mãos é seguro dizer que Mayer continua entregando ótimas músicas. Como “Continuum”, o seu trabalho anterior, foi, em minha opinião, o disco que ele nasceu para escrever, a obra-prima dele. Podemos dizer que “Battle Studies” é mais um bom álbum de Mayer, porém não é nenhum “Continuum

Não dá para não perceber o ar mais relaxadão de “Battle Studies” em comparação com o último disco do cara. Toda a progressão que ele teve, para um lado mais blues do que o tradicional pop não foi levada adiante nesse disco. A grande maioria das músicas são bem pop e lembram alguns dos momentos mais lentos do trabalho anterior (ex: “Slow Dancing in A Burning Room” ), já que possuem arranjos bem simples e remetem aos velhos tempos de Mayer. Grande exemplo disso é o single “Who Says”, que é basicamente só John Mayer e seu violão, relembrando bastante músicas como a queridinha das garotas “Your Body Is A Wonderland”. É claro que o cd tem os seus momentos blues, onde o cara mostra porque ele é considerado um dos melhores guitarristas da atualidade, com seus solos precisos e ótimas melodias, vale mencionar o ótimo arranjo, com muitas camadas de som de “Assassin”, que acaba se destacando como a melhor faixa do cd na minha opinião.

As letras estão, como é de costume, continuam excelentes. Boatos dizem que o nome do disco seria “John Mayer’s Eleven Reflections On The Theme Of Love, Performed In The Key Of Starry Eye'd Hunkness” e é bem isso que vemos, já que, praticamente, todas as músicas versam sobre o amor e suas alegrias e desilusões, assunto recente para Mayer, já que ele acabou de terminar o seu, bem público, relacionamento com a atriz Jennifer Anniston.

Com John Mayer não tem como errar mesmo, o cara é muito bom, mas apesar de ser um passo para trás em relação a progressão, Battle Studies funciona muito bem como um bom disco de pop e eu recomendo para todo mundo que quer curtir um cd de boa


8.5 / 10

30 Seconds To Mars - This Is War




Jared Leto volta com o trabalho mais ambicioso de sua carreira, aliado de muita ambientação e do Summit, o seu coral de mais de 1000 fãs (mais prentensioso imossível).



                Já se passaram quatro anos desde que foi lançado o último álbum do 30 Seconds To Mars, “A Beautiful Lie”. Foi Esse disco lançou os caras para o grande público do mundo todo e até trouxe os caras para uma série de shows aqui no Brasil. Apesar de muito ódio recebido, a banda é um eficiente grupo de space rock/alternativo, no melhor estilo Angels & Airwaves, onde mesclam uma pegada forte Pop com alguns experimentalismos.

                This Is War” só pode ser lançado depois de muito trabalho por parte dos caras da banda, já que o próprio Jared Leto teve que arcar com uma multa de milhões de dólares, pois eles decidiram quebrar o contrato com a gravadora para fazer o disco que a banda queria e não o que os executivos queriam. Após poucas escutadas já da para perceber o porque que a gravadora estava relutante em lançar o CD. Esse é, muito provavelmente, o álbum mais épico e grandioso do ano de 2009.

                Desde o seu primeiro álbum, Jared Leto tenta, sempre, fazer um som que é quase sobre-humano...um verdadeiro complexo de pau-grandismo que, na maioria das vezes, faz com que as músicas fiquem enfadonhas, já que fica impossível relacionar-se com o que o cara está te entregando.

                O que vem de diferente em “This Is War”? Leto soube conciliar o que fez de bom no 1º e no 2º álbum da banda para fazer o melhor cd do 30 Seconds To Mars até hoje.

                “Escape”, a primeira faixa do cd, é uma pequena introdução para o álbum. Nessa faixa já aparece em ação o Summit, o coral de fãs que a banda formou. Apesar de terem momentos onde esse coral é muito bem utilizado, como nas faixas “Kings And Queens” e na prórpia faixa-título “This Is War”, tem momentos onde o coral acaba soando um pouco “forçado”, como na música “Call To Arms”, música que é um exemplo de como a ambição do artista pode te “sufocar” em alguns casos.

                O 1º single lançado foi a faixa “Kings And Queens” que, na minha opinião, é uma das melhores músicas ja escrita pela banda, com um refrão poderoso a música empolga e, lá para o final da faixa, quando o Summit começa a cantar, você se sente obrigado a cantar junto. Outra faixa que merece destaque é a música “Hurricane”, que tem a inusitada participação especial do rapper Kanye West. A música pega pesado na ambientação e é formada, basicamente, por um riff de piano e uns elementos eletrônicos como pano de fundo, o experimentalismo dessa música pode lembrar um pouco o 1º cd da banda, onde as músicas eram mais compridas e tinha um quê de progressivo, devido a algumas estruturas pouco ortodoxas.

                No fim das contas, esse é o melhor cd do 30 Seconds To Mars e, acho, que isso vai se tornar uma unanimidade, pois apresenta a banda em seu auge em relação à composição de boas músicas. Apesar de alguns momentos onde o complexo de pau-grandismo de Jared Leto pode intimidar o ouvinte o saldo acaba sendo positivo, tendo em vista que esse é um bom álbum.


7 / 10