segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

My Dinosaur Life


    


    Mark Hoppus e o Motion City Soundtrack dão uma de Coppola e mostram que, assim como O Pderoso Chefão pt. II foi melhor que o primeiro filme de trilogia, uma sequência pode ser melhor que o original.

     Um pouco menos de 3 anos após o lançamento de seu último álbum, Even If It Kills Me, o Motion City Soundtrack volta com o seu novo trabalho e o 1º lançamento em uma major label dos EUA, a Columbia. Esse novo trabalho, entitulado My Dinosaur Life, é o 2º disco da banda a ser produzido por Mark Hoppus, o baixista do blink-182.

    Quase sempre categorizada como uma banda de pop punk, o MCS em cada trabalho ficava tendendo para um lado do espectro mais do que do outro, por exemplo, o 1º disco I am The Movie tinha uma pegada bem punkzinha e o último trabalho deles, Even If It Kills Me era bem mais pop açucarado. Apesar de ser um lançamento de uma major, o Motion City Soundtrack levou o seu som de volta ao lado punk do espectro com esse novo trabalho, o que surpreendeu muita gente, pois todos imaginávamos que devido à influência da gravadora, a banda seguiria a linha do último trabalho, fazendo um som mais pop direcionado às massas.

     A cada trabalho da banda era visivel o progresso na qualidade das letras do MCS, não que elas ja foram ruins algum dia, mas é que ultimamente o vocalista e letrista Justin Pierre vinha aperfeiçoando a sua caneta e apresentando letras sensacionais, cheias de menções à cultura pop-nerd e muito inteligentes. Nesse trabalho o cara continua progredindo escrevendo letras incríveis, destaque para o refrão da música “Pulp Fiction” que é o perfeito exemplo das tiradas inteligentes do Justin:

Black and white and cheaply put together like a slasher film
Torn in opposite directions
The plot sucks but the killings are gorgeous
God damn, these killings are gorgeous
 

     Em relação ao instrumental da banda, podemos dizer que é uma progressão em relação ao último trabalho, já que como a banda voltou para a pegada mais punk estão presentes guitarras com mais peso e as músicas são mais velozes. Apesar do baterista ter tido problemas logo antes da gravação do disco, ele quebrou o braço e ficou um tempo parado, ele se saiu muito bem no álbum e continua mostrando suas habilidades em levadas criativas para as músicas.

     O álbum tem várias músicas que irão se tornar clássicas do MCS, o 1º single “Dissapear” que mostrou a volta da banda à pegada agressiva, a divertida ”@!#?@!” com sua ótima referência ao Ocarina Of Time e tema absurdo, além da já citada “Pulp Fiction” que apresenta uma das melhores letras que o vocalista ja escreveu. Vale ainda citar outros destaques do disco, como: “Stand Too Close”, “Skin and Bones” e a última faixa do disco “The Weakends”, que resume o trabalho apresentado, mesclando agressividade com melodias suaves e mais um exemplo de ótimas letras.

     Das 12 faixas do cd só teve uma que não me chamou a atenção e eu até costumo pular ela quando ouvindo o cd (“History Lesson”), porém essa música é a única coisa que consigo pensar que não me agradou no álbum.

      My Dinosaur Life é o que uma sequência deve ser, uma expansão das características que deram certo na 1ª vez e nesse quesito o Motion City fez um ótimo trabalho, achando um meio termo entre o som do Even If It Kills Me e o som da era Commit This To Memory/I Am The Movie. Com letras memoráveis e músicas  clássicas no estilo MCS, esse trabalho, com certeza está entre os melhores da banda.

9.5 / 10

Nenhum comentário:

Postar um comentário